
O pequeno órgão que faz grande diferença: tireoide na infância
As alterações da tireoide podem surgir logo ao nascimento ou se desenvolver ao longo da infância e adolescência. São condições comuns, mas que exigem acompanhamento específico para garantir o bom desenvolvimento físico e neurológico da criança.
O hipotireoidismo congênito, por exemplo, afeta 1 em cada 2.000 a 4.000 recém-nascidos e é detectado no teste do pezinho. Se não tratado precocemente, pode comprometer o desenvolvimento neurológico. Já em crianças maiores, sintomas como cansaço, dificuldade de concentração, queda de cabelo, prisão de ventre e ganho de peso podem indicar disfunções da tireoide.
O hipertireoidismo também pode ocorrer, com sinais como taquicardia, irritabilidade, suor excessivo e perda de peso. A tireoidite de Hashimoto, uma condição autoimune, é a principal causa de hipotireoidismo em adolescentes.
Durante a consulta, avalio cuidadosamente os sintomas, histórico familiar e exames laboratoriais, como TSH, T4 livre e anticorpos antitireoidianos.
Muitas vezes, o cuidado é de longo prazo, e criar vínculo com a criança e com sua família é essencial para o sucesso do tratamento. Explico cada passo com clareza, buscando que todos se sintam à vontade para tirar dúvidas e compreender as escolhas terapêuticas.
A tireoide pode ser pequena, mas seu impacto na saúde é enorme — por isso, merece atenção especial desde os primeiros sinais.